ABRINDO UMA CASA DE PAZ

"Ao entrardes numa casa, dizei antes de tudo: Paz seja nesta casa! Se houver ali um filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; se não houver, ela voltará sobre vós." (Lucas 10:5-6)

            Neste mês de Maio, mais uma vez estamos nos organizando como igreja para viver algo sobrenatural – a implantação das Casas de Paz. Quando Jesus enviou seus discípulos de dois em dois, tinha uma estratégia muito bem definida. Eles deveriam encontrar “filhos da paz”. Quem eram esses “filhos da paz”? Pessoas não convertidas, mas que tivessem o coração aberto para Deus e aceitassem abrir a porta de seus lares para o evangelho. A grande questão é: como encontraremos os “filhos da paz”?

            Em primeiro lugar, tendo ousadia de ir até as famílias necessitadas. Os discípulos, quando foram enviados, não tinham um endereço específico e nada naturalmente que indicasse que elas estariam abertas ao evangelho, ou seja,  precisariam aproximar-se de pessoas, conhecidas ou não, propondo-lhes a paz de Deus e, só então entrarem nas suas casas se houvesse abertura para tal. Há muitas maneiras de fazermos isso, mas todas elas desafiarão nossa timidez e receio de não sermos bem recebidos. Se não ousarmos semear, nunca poderemos colher.

            Uma outra forma de encontrar os filhos da paz está em buscar as pessoas em suas necessidades. Há sempre gente que está carente de uma intervenção de Deus em sua vida. Se alguém está sofrendo ou passando um momento difícil, aí está um candidato em potencial. Veja um exemplo em João 5:5-9. Se Jesus não tivesse tomado abordar aquele homem que sofria há tanto tempo, ele nunca teria sido salvo e curado.

            Precisamos também nos mover a que estão curiosas quanto às coisas espirituais, como fez Filipe com o oficial etíope em Atos 8:27-35. Ali, aparentemente não se tratava de uma pessoa com problemas. Muito ao contrário, o servo do Senhor poderia até sentir-se intimidado por estar diante do representante de uma rainha. Filipe, porém, percebeu que aquele homem estava lendo a Bíblia (embora não entendesse o que lia) e ousou estabelecer um diálogo com ele e anunciar-lhe o evangelho. Assim, esse episódio terminou com o eunuco sendo batizado e levando a Palavra de Deus para sua terra. Se Filipe não tivesse a intrepidez de pregar para ele, nunca saberia que ali naquela carruagem luxuosa estava um filho da paz.

            A grande verdade é que precisamos aproveitar todas as oportunidades para falar de Cristo e descobrir quem está com o coração aberto. Veja um exemplo em Atos 16:13-15. Paulo conhece algumas mulheres e anuncia-lhes o evangelho. Uma delas, chamada Lídia, estava com o coração sedento e sua casa tornou-se uma casa de paz. Mas, e se Paulo não pregasse? O que teria acontecido se ele ficasse apenas orando? Quantas pessoas não deixamos de colher e quantas casas não permanecem fechadas só porque não ousamos bater em suas portas? Às vezes, perto de nós, há pessoas desesperadas, mas não estamos atentos a elas. O próprio Paulo e seu parceiro Silas, salvaram toda uma família a partir do momento em que intervieram na vida de um carcereiro que estava para se suicidar (veja Atos 16:27-34).

            A nossa cidade está cheia de filhos da paz. Precisamos vencer os bloqueios humanos para sermos usados por Deus. Muitos acabam desobedecendo ao Senhor e não cumprindo sua missão por causa da timidez e do receio de não serem bem-sucedidos. Quando são desafiados, perdem a tranquilidade, ficam irritados e isolam-se. Não deveria ser assim. Quando enviou os setenta, Jesus admitiu a probabilidade de que algumas casas não iriam se abrir para eles. O que deveriam fazer, então? Perder a paz? Voltar frustrados? Não! O Senhor lhes disse: “Se houver ali um filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; se não houver, ela voltará sobre vós” (Lucas 10:6). Simples assim! Em outras palavras, se você não obtiver êxito numa tentativa, fique tranquilo e parta imediatamente para outra. Nossa tarefa agora é descobrir onde eles vivem e entrar em suas casas para fincar a bandeira do reino de Deus.  

            Não podemos nos desestimular com uma porta fechada, ou mesmo com pessoas que se abrem inicialmente, mas depois não permanecem no Senhor. Um semeador da palavra precisa saber que nem toda semente prosperará, mas que a única forma de colher é continuar semeando (Eclesiastes 11:6 e Mateus 13:47-48).

            Os setenta discípulos enviados por jesus voltaram, um tempo depois, “possuídos de grande alegria” (Lucas 10:17-18), não porque não encontraram portas fechadas, mas porque perseveraram e venceram as resistências de Satanás. Vamos fazer o mesmo agora? Vamos aceitar o desafio de encontrar filhos da paz e estabelecer o reino de Deus em suas casas? Temos todos os motivos para fazê-lo. Primeiro, é o Senhor quem nos está enviando. Segundo, há pessoas preciosas apenas esperando que batamos às suas portas. Terceiro, só teremos experiências sobrenaturais e motivos para voltar empolgados da nossa missão se ousarmos obedecer. Você aceita esta missão?

 

Artigo adaptado de Comunidade Cristã de Ribeirão Preto

Pr. Samuel de Sousa Junior

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