VALENTES DO SENHOR

“Eis a lista dos valentes de Davi...” - I Crônicas 11:11)

Falar em batalha ou guerra espiritual chega a assustar algumas pessoas, mas o fato é que esse tema deveria ocupar mais a nossa mente do que costuma fazer. É pura ingenuidade de alguns quando pensam que “é só não mexer com o bicho” que a guerra estará longe, porém não podemos achar que vivemos apenas rumores de guerra, mas entender que nós já estamos inseridos em uma, querendo ou não, e é por essa razão que dedicaremos este mês de agosto a tratar dessa batalha real.

Diante disso, além da necessidade de nos revestirmos de toda armadura espiritual precisamos também aprender algumas posturas e posicionamentos para nos tornarmos, não guerrilheiros espirituais, mas valentes que conquistarão com violência o Reino de Deus conforme Jesus declarou em Mateus 11:12. É esse exército poderoso que o Senhor tem convocado para lutar contra inimigos que não são carne e sangue, mas sim, inimigos que se vencem nas regiões espirituais com autoridade e, acima de tudo, com posturas espirituais.

Quando tomamos como exemplo os valentes de Davi percebemos algumas posturas que, como valentes, devemos ter nessa batalha: uma delas é a de conhecermos nossa posição, que em Cristo nos fez assentar em lugares celestiais. Quando vivemos essa verdade, podemos ver nossos inimigos, por maiores ou mais poderosos do que nós, de uma perspectiva mais alta e com a certeza de vitória. Não foi assim que fez o personagem bíblico, o valente que ergueu sua lança ferindo oitocentos homens de uma só vez (II Sm 23:8)? Ele venceu o maior inimigo: o medo de tentar.

Outra postura é posicionar-nos contra os inimigos, sem desânimo, com insistência, fazendo guerra espiritual até que arma se apegue à mão, ou seja, até que isso passe a fazer parte de nós mesmos. Crer sempre e somente nos princípios eternos, no que a Bíblia diz a nosso respeito, tendo a espada, isto é, a Palavra de Deus estabelecida em nosso interior e sempre lançando mão desta arma poderosa, sem deixar que as  conquistas sejam levadas, mas guardando-as como um valente em meio ao campo de lentilhas, não aceitando passivamente as perdas (II Sm 23:11,12).

Outra característica que deve nos chamar a atenção num valente de Deus é que, quando ele está na guerra, nada pode tirá-lo do alvo, mesmo que tenha que enfrentar gigantes ou, numa caverna, matar um leão em tempo de neve (II Sm 23:20). O que isso significa?  É que não importa o que ele venha a enfrentar, ele tem um objetivo, um alvo, uma conquista; que por maior que sejam seus temores, ele sabe que é mais que vencedor por meio daquele que o amou: Jesus Cristo. 

Isso é tão tremendo que, aqueles valentes, outrora uma vergonha e desprezo para o meio em que viviam, se tornaram significativos em Deus. Isso significa que nós, que antes não éramos nada, em Cristo, nos tornamos valentes que podem derrotar qualquer inimigo espiritual.

Por fim, sempre que um valente entra numa guerra, ele entra de coração e não pela obrigação. Não luta, por coação, mas por convicção e amor. Entende que não está só, mas compõe um exército com aqueles que pagarão o mesmo preço pela vitória, guerreando sem medir esforços, fazendo além das expectativas, cruzando, se necessário, o terreno do inimigo simplesmente para buscar água (II Sm 23:14-17). Lutando com o coração e por convicção, o valente se realiza, pois entende que foi arregimentado para uma guerra que já tem vencedor. Na verdade, ele sabe que a história que está escrevendo é eterna e ficará registrada nos céus, pois, que diremos pois à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Rm 8:31.

Deus te abençoe!

 

Pr. Samuel de Sousa Junior

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