Liderança divulga Manifesto sobre mobilizações contra a corrupção

A liderança da Comunidade divulgou na noite desta quinta-feira (10) um Manifesto referente ao atual estado de mobilização e conclamação para manifestações civis pacíficas contra a corrupção, afirmando sua posição quanto ao papel do cristão no presente cenário, reiterando desta forma, em consonância com o texto bíblico, sua constante e manifestada condenação ao espírito e a mentalidade que conduz à prática sistemática da corrupção, da desonestidade, independentemente do matiz ideológico, político, religioso ou da condição social daqueles que se sirvam delas como valor e como conduta. O site da Comunidade publica abaixo a íntegra do texto.

 

MANIFESTO

É inegável que, como nação, temos vivido dias terríveis e difíceis. Há uma espantosa crise moral, institucional, econômica e, enfim, para onde olhamos percebemos o grau de insegurança e incerteza que nosso país está passando. A palavra de Deus nos traz alertas sobre o poder da oração para mudar a nossa nação: "Se o meu povo, que se chama pelo meu nome... então eu ouvirei dos céus perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra" (II Cr 7:14). Orar é a base de tudo. Creio que todas as apurações em curso que tem levado corruptos à prisão, estão vindo em resposta ao clamor que temos levantado, mas oração é apenas o primeiro passo e, nós, como igreja não podemos nos restringir à oração como a única forma de ação cristã. Precisamos também exercer nossa cidadania. NÃO PODEMOS SER OMISSOS. Na verdade, saber fazer o que é certo e não fazer, é pecado (Tg 4:17 MSG).

O livro de Neemias começa com um relato da condição do povo e a opressão que estavam vivendo. Quando ele ouviu o que estava acontecendo, a Palavra declara que ele dedicou um tempo ao jejum e à oração mas, após isso teve outras atitudes práticas. Neemias 5:2-6 diz: “O povo iniciou um grande protesto, do qual até as mulheres participaram,... Alguns diziam: “Temos famílias grandes. Se não tivermos comida, vamos morrer!. Outros diziam: Tivemos que hipotecar nossos campos, nossas vinhas e nossas casas apenas para comprar trigo, para não morrer de fome!”. Outros ainda diziam: “Precisamos pedir dinheiro emprestado até para pagar o imposto real sobre nossos campos e vinhas. Vejam: somos do mesmo sangue que nossos irmãos. Nossos filhos são tão bons quanto os deles, mas estamos a ponto de vendê-los como escravos — algumas das nossas filhas já foram vendidas. E não podemos fazer nada, porque nossos campos e vinhas já pertencem a outros”. Quando soube do protesto e das reclamações, fiquei muito aborrecido. Depois de analisar a questão, censurei os nobres e os oficiais: “Vocês estão se aproveitando de seus irmãos”.

Nunca fizemos política na igreja e é público que não estamos ligados a nenhuma corrente partidária. Mas como cidadão do Reino de Deus, fui levantado por ele para exercer uma voz profética que não pode se calar. Precisamos julgar e condenar toda injustiça e corrupção, defendendo a verdade, os valores e princípios morais e éticos contidos na Bíblia, que é a Palavra de Deus.

Não vamos nos omitir. Não dá mais para continuarmos aceitando passivamente tanta mentira, corrupção e injustiça. Chegou a hora de também irmos para as ruas e dizer de forma pacífica e ordeira, mas com muita convicção: Basta! Chega! Que Deus abençoe o nosso Brasil.

Pr. Samuel de Sousa Júnior