“Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.” (Salmos 23:4 NAA)

Esse Salmo é uma poesia de Davi que se inicia com um pastor cuidando das ovelhas. A ilustração é a primeira forma que o salmista encontra para expressar como seu Senhor cuida dele.

Especificamente, os versos de 1-4 descrevem a rotina desse pastor e suas ovelhas. Por exemplo, quando a grama e a água do lugar já não são suficientes para o sustento (várias regiões de Israel tem clima árido), o pastor precisa levar o rebanho para outro lugar onde haja águas tranquilas e pastos verdejantes (v. 2).

Entretanto, no trajeto entre um lugar de provisão e outro, é necessário passar por vales profundos, desfiladeiros, por encostas (assim é o relevo de Israel), onde não há apenas o risco do terreno (a ovelha pode cair, quebrar uma perna), como também predadores ávidos para atacar um animal que é naturalmente “ingênuo”, vulnerável, presa fácil se deixado para viver por si só. Lembremos que as habilidades de sobrevivência de uma ovelha não chegam nem perto das de suas ameaças (naquele contexto, leões, serpentes, etc.).

Perceba como o trajeto de vida daquelas ovelhas envolvia, tantas vezes, passar por lugares e temporadas difíceis, arriscadas (“sombra da morte”). Ora, juntamente com Davi, somos essas ovelhas! O Salmo 23 é sobre nós. Igualmente, a segurança para nossa jornada depende totalmente do cuidado zeloso, atento, vigilante do Bom Pastor que nos conduz e defende prontamente, usando seu cajado como arma contra os inimigos e para impedir-nos de cair nos precipícios da vida.

Andamos não seguros em nós mesmos (somos ovelhas!). Andamos protegidos e seguros no cuidado do Pastor, seguidos de longe por predadores, mas de perto por bondade e misericórdia (v. 6). 

Nosso Bom Pastor é Jesus!

“Depois de conduzir para fora todas as suas ovelhas, vai adiante delas, e estas o seguem, porque conhecem a sua voz. "Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” (João 10:4, 11 NVI)

Thiago Souza